sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

enfim, motorizadas!







Procurar carros usados para comprar é sempre desgastante, começa-se com um orçamento e dificilmente se consegue ficar nele. Procurar carros aqui não foi diferente. Os carros são famosos por serem baratos por aqui, mas tivemos muita dificuldade em encontrar algo confiável, grande e com bom preço. O governo, assim como no Brasil, parece ter dado algum tipo de incentivo em termos de juros para a compra de carros novos, portanto há carros usados às pencas.




São dezenas de lojas, quer dizer, loja, loja são poucas, na verdade, são dezenas de pátios cheios de carros, que, sinceramente, não convidam a entrar, ou confiar.




Ainda assim, fomos a alguns desses. Pisando no barro, entre um carro e outro, achamos uma Rodeo da Isuzu. Nossa primeira escolha. Na hora de comprar, o preço era outro e repensamos aquele lugar. Desistimos. Então fomos a um lugar bem apresentável ver uma Ford explorer perolada. Parecia ótima, quase foi nossa. Pena que não passou na inspeção que o mêcanico do Cañas indicou. "Vazamento de óleo e possobilidade de fogo", não precisou dizer mais nada.




Já pensando em continuar de taxi ou voltar para a possibilidade do aluguel de um carro - ambos a preços inacreditáveis, fomos a um último lugar indicado pelo mecânico.




Lá, carros novos entre 12 e 25mil, muitos e lindíssimos - nada para a nossa bolinha. Encontramos um vendedor chamado Adonis que valeu o dia, um daqueles afroamericanos grandes, simpáticos e bem humorados. Disse que ia achar, naquele pátio imenso, um carro para nós. A Marli estava "achada", ela e o Adonis se entenderam muito bem, ela dizendo que não queria um "limão", equivalente a nosso "abacaxi", ele dizendo que não ia vender nada "azedo" para ela, mas que ao preço que queríamos, era didfícil não "azedar".




Enfim, depois de zanzar pelo pátio, nos deparamos com uma explorer que ele nem sabia ou lembrava que estava lá. Preço bom, carro com boa aparência, ... chances de "azedar", algumas. Levamos novamente ao mecânico, uma mecânica longe, no meio do quase nada em uma auto-estrada. Um lugar movimentado, que parceia nunca ter sido limpo em longos anos de existência. Pessoas simpáticas, trabalhando numa boa, e tentando ajudar essas "ladies" que precisavam achar um carro para levar as crianças para lá e para cá. O carro estava razoável, dava para levar, duraria 4 meses se problemas, foi o que disseram. Não queríamos ouvir mais nada, decidimos. A Marli a essa altura, sentada no escritório imundo com um gato gordo, enorme e sujo, mas lindo, bem acomodado em seu colo, ela numa mistura de medo que o bicho a mordesse e nojo da sujeira do gato.




Chegamos na concessionária já pelas 6h. Nosso vendedor nos esperava, queria vender o carro e queria ir para casa assitir a um grande jogo, a final do campeonato regional, o time em que ele mesmo tinha jogado na universidade. Sob essas corcunstâncias, fizemos uma proposta e eles toparam na hora - queria muito assitir o jogo!




Enfim, temos um carro, agora é torcer para não"azedar", pelo menos por esses meses.




Encontar o carro foi difícil, realmente desgastante, mas encontramos o carro, e além do carro, encontramos um mecânico que assobiava em seu trabalho no fim de um dia cheio e que acabava em chuva; encontramos um vendedor que nos fez rir na chuva depois de um dia de procuras frustradas. Tudo isso acompanhadas do importante, renomado, concorrido e ocupado pesquisador de ciência cognitiva Cañas, tão simples, tão amigo, tão latino.




Também encontrei um avô, disposto a ficar com as crianças durante dias inteiros, paciente e amoroso - esse foi o maior achado, para mim, para as crinças e para ele.

Um comentário:

  1. Que legal! Agora já motorizadas, o vovô terá chance de andar nesse carro ou não sobrará lugar pra ele por lá?

    Imaginei bem toda a cena!

    Muito legal e agora falta a mudança, que deve estar acontecendo hoje, não?
    Mais aventuras, certamente.

    E ainda não ouvi nenhuma do Léo! Está anjinho por aí? beijos,chica

    ResponderExcluir